segunda-feira, 20 de setembro de 2010
DESPEDIDAS V
A despedida 5, foi um “desayuno” na casa de amigos.
O dono da casa se chama José. Ele é louco pelas músicas do Roberto Carlos e do Nelson Ned. (Para quem não conhece este último, acho que ainda dá para fazer alguma busca do tipo “naftalina” no vagalume)
O José toca violão, e queria que eu cantasse umas músicas do Roberto Carlos em português. Coitado, ele não tem noção do que seja eu cantando...
A esposa dele levantou-se às 6 da manhã para preparar os comes. Realmente fiquei com pena dela, mas por outro lado valeu a pena ela ter madrugado, porque tudo que tinha lá estava mesmo uma delícia.
A casa deles tem uns detalhes bem mexicanos. Tem o sol e a lua na parede, tem um iguana sob uma pedra e também tem um altar com velas acesas para a virgem, logo na porta de entrada. Está certo que eu adoro fotografar tudo, mas tirar fotos da santa ia ficar um pouco indelicado da minha parte, então eu só fotografei as outras coisas. E aí estão as fotos.
DESPEDIDAS IV
Esta foi uma janta em casa, com um casal muito querido. Luís (chileno) e sua esposa Irma (mexicana).
Fazer uma janta neste apartamento é algo meio complicado. Esta moradia é o oposto da casa que tínhamos, não tem quase nada aqui. Temos umas duas panelas, quatro pratos, quatro garfos, facas e colheres. Não temos formas, pratos refratários, escorredor de massa... Por essas dificuldades todas, foi que pensamos em comprar algo pronto e logo nos lembramos de uma “paella” ótima, que já havíamos comido anteriormente. Como não tínhamos o telefone do restaurante de “paellas”, fomos até lá na parte da manhã e pegamos um folder. Naturalmente perguntaram-nos se íamos fazer um pedido, ao qual nós respondemos que não, mas que ligaríamos a noite para um pedido de tele entrega. Perguntei o tempo que demoravam para entregar um pedido, fiz o cálculo do horário que deveríamos ligar, agradeci e nos fomos.
Antes dos convidados chegarem, nós resolvemos ligar para pedir a “paella”, mas ninguém atendia ao nosso chamado. O Rina insistiu algumas vezes, mas não adiantou. Então, ele resolveu ir até lá... e ... SURPRESA... o restaurante estava fechado. O Rina ainda tentou me ligar para saber o que fazer, mas o meu telefone estava bem guardado na bolsa, dentro do guarda-roupa. Depois de ele voltar para a casa e me contar que o jantar planejado havia ido por água abaixo, resolvemos colocar em ação o plano B.
E foi assim que nós acabamos comendo uma bela pizza marinera. De qualquer forma o encontro esteve tão bom, que só acabou depois das duas da madrugada.
DESPEDIDAS III
O “desayuno” do grupo das “senhoras tampiqueñas”, foi no Fiesta INN. No mesmo hotel que o Rina e eu ficamos hospedados quando deixamos a casa.
Esta despedida foi no dia 14, e como a festa da independência era no dia 15, encontramos um grupo de senhoras comemorando antecipado. As senhorinhas estavam tão lindamente vestidas de mexicanas, que eu não resisti e pedi para tirar uma foto.
DESPEDIDAS II
Mais despedidas. - Ao menos agora somos nós, o Rina e eu, quem estamos nos despedindo- “Desayunos” e jantas... e eu só engordando...faz parte, afinal é por uma boa causa.
O primeiro deles, foi no restaurante da loja Liver Pool, com o pessoal da escola de inglês Harmon Hall.
Está é a foto da turma do curso 5. De quebra, coloquei a foto de alguns "platillos" do café da manhã.
*lembrete: Por mais incrível que possa parecer, eu já estou no curso intermediário de inglês. Já não sou uma “analfabeta” na língua inglesa.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
O BICENTENÁRIO
O México está mesmo completando 200 anos de independência? Há controvérsias.
De fato o padre católico Miguel Hidalgo dá o chamado “Grito de Dolores” no dia 16 de setembro de 1810, mas este era apenas o início de um longo processo de independência, o qual duraria ainda 11 anos. A consumação da independência deste país ocorreu de fato no dia 27 de setembro de 1821, quando o exército “Trigarante” entrou, de forma triunfante, na Cidade do México. Conta a história, que o desfile foi realmente espetacular. As cores predominantes foram o verde, o branco e o vermelho (cores da bandeira Trigarante – hoje são as cores da bandeira mexicana).
Bem, o fato é que o México comemorou o bicentenário nestes dois últimos dias (e de quebra, comemorou também o centenário da revoluação), 15 e 16, e nós, o Rina e eu, vivenciamos o patriotismo deste povo. A maior festa foi realizada no Zócalo, centro histórico da capital (Cidade do México). Foi um belíssimo desfile, que reviveu a história mexicana desde a origem Mesoamericana até os dias de hoje, o qual teve início as 18:00 e terminou pouco depois das 23:00 com “O Grito”, proclamado pelo Presidente Felipe Calderón, seguido do Hino Nacional e uma exibição de fogos de artifício.
O dia 16 foi reservado para o desfile militar. O mesmo esteve grandioso! Além das tropas mexicanas, pelotões de outros 17 países convidados se exibiram no Zócalo. Foram eles: Alemanha, Argentina, Brasil, Canadá, Chile, China, Honduras, Colombia, El Salvador, Estados Unidos, Espanha, França, Guatemala, Nicaragua, Russia, Perú e Venezuela.
Por medidas de segurança, o aeroporto internacional, foi mantido fechado entre 9:00 e 13:00 horas, neste dia.
O Rina, eu e alguns amigos mexicanos, acompanhamos o “Grito” através de um telão, no salão de festas do restaurante 360. Fiz uma filmagem – que não está lá essas coisas – porque realmente é um momento histórico, e ainda que eu tenha certeza que nunca vou me esquecer disso, achei melhor registrar. Vai que um dia a memória falha...
De fato o padre católico Miguel Hidalgo dá o chamado “Grito de Dolores” no dia 16 de setembro de 1810, mas este era apenas o início de um longo processo de independência, o qual duraria ainda 11 anos. A consumação da independência deste país ocorreu de fato no dia 27 de setembro de 1821, quando o exército “Trigarante” entrou, de forma triunfante, na Cidade do México. Conta a história, que o desfile foi realmente espetacular. As cores predominantes foram o verde, o branco e o vermelho (cores da bandeira Trigarante – hoje são as cores da bandeira mexicana).
Bem, o fato é que o México comemorou o bicentenário nestes dois últimos dias (e de quebra, comemorou também o centenário da revoluação), 15 e 16, e nós, o Rina e eu, vivenciamos o patriotismo deste povo. A maior festa foi realizada no Zócalo, centro histórico da capital (Cidade do México). Foi um belíssimo desfile, que reviveu a história mexicana desde a origem Mesoamericana até os dias de hoje, o qual teve início as 18:00 e terminou pouco depois das 23:00 com “O Grito”, proclamado pelo Presidente Felipe Calderón, seguido do Hino Nacional e uma exibição de fogos de artifício.
O dia 16 foi reservado para o desfile militar. O mesmo esteve grandioso! Além das tropas mexicanas, pelotões de outros 17 países convidados se exibiram no Zócalo. Foram eles: Alemanha, Argentina, Brasil, Canadá, Chile, China, Honduras, Colombia, El Salvador, Estados Unidos, Espanha, França, Guatemala, Nicaragua, Russia, Perú e Venezuela.
Por medidas de segurança, o aeroporto internacional, foi mantido fechado entre 9:00 e 13:00 horas, neste dia.
O Rina, eu e alguns amigos mexicanos, acompanhamos o “Grito” através de um telão, no salão de festas do restaurante 360. Fiz uma filmagem – que não está lá essas coisas – porque realmente é um momento histórico, e ainda que eu tenha certeza que nunca vou me esquecer disso, achei melhor registrar. Vai que um dia a memória falha...
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
DESPEDIDAS
Agora foi a vez do Ricardo, passar aqui em casa para se despedir. Tudo bem, o Rina e eu aguentamos mais essa, porque o nosso retorno também está próximo. Aproveitei a oportunidade e paguei uma “divida”, que era fazer uma janta para ele (o Ricardo). Preciso colocar essa foto no blog, porque é o meu comprovante de pagamento. rssss
O Ricardo, o Santana e o Rina, além de terem sido parceiros na montagem desta máquina, se reuniram em alguns momentos para festejar algumas coisas. Como por exemplo, a páscoa, o aniversário do Rina, a vontade de comer feijoada, ou pizzas... Também foram juntos algumas vezes para os Estados Unidos, e pelo que me consta, foi até bem divertido esse bando de homens (porque havia outros) fazendo compras na terra do tio Sam.
Bem, o projeto está chegando ao fim, mas a parceria e o companheirismo destes “três mosqueteiros”, certamente se repetirá em muitas outras obras.
SER OU NÃO SER
Eu sou!!!
Ser professora está em mim, e eu amo isso.
Cada aluno que passa pela minha vida, deixa um pouco de si em mim. Deus queira que eles levem um pouco de mim também.
Ensinar a minha língua materna, para pessoas que desconheciam a língua portuguesa, está sendo algo inovador e gratificante. Alguns alunos já partiram, mas outros permanecem e querem aproveitar para aprender até o último momento da minha estada aqui.
Uma língua se aprende lendo, escrevendo, falando, ouvindo, conhecendo regras... mas também se aprende brincando. E eu sei que a forma lúdica, é uma forma prazerosa de aprender. Por isso procuro mesclar o tradicional com o lúdico nestas aulas, para que a aprendizagem tenha mais significado e a lembrança do que foi aprendido possa ser mais viva.
Agradeço aos alunos mexicanos que confiaram a mim o seu desejo de aprender, e com isso me concederam o privilégio de crescer ainda mais no meu papel de educadora.
Obrigada ao Gilberto, Alexandro, Martha, Juan Pablo e Irma.
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
TEQUILA !!!
São apenas quatro, as regiões mexicanas permitidas para a fabricação do tequila pura. E afortunadamente, Tamaulipas é uma delas. Então, a curiosa que vos fala, quis conhecer uma fábrica, e o meu Rina, que é um amorzinho, marcou o passeio.
A tequilera que nós visitamos era extremamente artesanal. Não obtive a informação da quantidade de litros que ela produz, mas o guia nos garantiu que 95% da produção é vendida para exportação, e apenas 5% fica no país. São produzidos aí, quatro tipos de tequilas. O mais barato custa R$ 27,00 (reais), enquanto o mais caro, nada mais; nada menos que 300 dólares.
Aprendemos como identificar um tequila de excelente qualidade e divido este conhecimento com vocês. No rótulo deve aparecer a frase “100% de puro agave”. - agave é a planta da qual o tequila é feito - além disso, deve aparecer um número de CRT, que é um tipo de registro de qualidade.
O processo de produção é muito semelhante ao da cachaça. Ambas são bebidas destiladas, provenientes de uma planta, que podem (ou não) ser envelhecidas em barris de madeira européia. Para aproximar ainda mais as duas bebidas, as duas costumam ser tomadas em pequenos copos. Aqui no México, os copinhos levam o nome de “caballito”. Diferentemente do Brasil, esta bebida é consumida por homens e mulheres sem restrições e por todas as classes sociais, como uma forma de manter viva a cultura mexicana.
Existem diferentes tipos de tequilas, sejam da bebida considerada pura, ou não. Existe o tequila de cor branca, com o maior teor alcoólico; o tequila repousado, envelhecido; o tequila mezcal, que não provém de uma região permitida; e o tequila com gusano (o bichinho do agave, parecido com o bichinho da goiaba). Mas todos são tequilas, puro sabor México.
Um agave, deve crescer por aproximadamente 6 anos, antes de virar tequila. A fábrica visitada, possuí uma plantação de agave, que garante boa parte do que ela necessita, e ainda compra outra grande parte da produção de agave, de mais duas plantações longínquas. Um dado interessante, é que as folhas dos agaves não são utilizadas para absolutamente nada, vão para o lixo. (Isso porque não é uma produção brasileira. Pois se fosse, no mínimo os caras inventariam que as folhas do agave servem como um poderoso cosmético e transformariam tudo em dinheiro. Ou seja, os homens iam beber o tequila do agave, enquanto as mulheres iam passar os cremes feitos do agave na cara)
Os entendidos em máquinas, Rina e Ricardo, acharam o maquinário da tequilera um tanto obsoleto, mas como a fábrica é artesanal e parece ter uma produção pequena, eles aceitaram a viabilidade da produção.
Acabou por aqui o passeio, mas uma amostra do tequila Chinaco, vai conosco para o Brasil. Se alguém quiser provar, que se acuse logo antes que acabe, pois nós teremos imenso prazer em “compartir” esta bebida, que é o verdadeiro orgulho mexicano.
* Apenas quatro garrafas de tequila podem ser levadas, por cada pessoa que deixa o país por via aérea.
domingo, 5 de setembro de 2010
COROAS PROPAGANDA
Tem garota/o propaganda. E de uns tempos para cá, nós criamos a expressão “coroas propaganda”.
O Rina e eu somos loucos por coca-cola. Temos várias fotos nossa, tomando coca, dignas de propaganda. Daí nasceu a expressão. – (Confira uma destas fotos mais antigas.) Um dia eu ainda as envio para a publicidade da coca.
Bem, aqui no México, nós fomos a uma pizzaria toda decorada de produtos, quadros, souvenires... da coca-cola.
Não tiramos a tradicional foto juntos, até porque a nossa fotógrafa está no Brasil - a Pâmela – , mas vale o registro porque o restaurante está bem bonito.
ENTRANDO NUMA FRIA
Falaram-me de um restaurante brasileiro que servia “carne na espada”.
E eu logo pensei... - Meu Deus, isso só pode ser churrasco. Como boa gaúcha, ando doida por uma boa carne “mugindo”.
Então no domingo, o Rina me levou lá. O restaurante era todo decorado em verde e amarelo-Brasil. As fotos do churrasco, na parede, me deram água na boca e meu cérebro me avisou que eu ia me fartar.
Mas que desgraça!!!
Não sei se era para rir; ou para chorar, mas eles conseguiram realizar a façanha de colocar bife no espeto. Serviram-nos um pouco de coração de galinha, coisa que não é de costume por aqui, mas estava puro alho.
A única coisa que prestou, foi a picanha. Mas o garçom, que me serviu uma lasquinha, tomou um baita susto quando eu o mandei baixar a carne no meu prato.
Bem, daqui para frente eu só vou a restaurantes brasileiros no Brasil mesmo. O jeito é seguir comendo tacos, que esses sim, os mexicanos fazem bem feitos.
CADA COISA NO SEU LUGAR
COISAS PRÁTICAS QUE EU VOU SENTIR FALTA
- Gás encanado que vem da rua e se paga a conta uma vez ao mês, como a luz, a água...
- A máquina de fazer gelo do hotel.
- O desinfetante para piso com repelente a baratas. (Existem também com repelente a escorpião, para outras regiões do México).
- Os absorventes noturnos, pelo mesmo preço dos pequenos.
- A internet móvel, que se colocam créditos como em um celular pré-pago.
- As lancherias com refrigerante à vontade.
- Os salões de beleza abertos aos domingos.
- Big Mac com batatas e refrigerante por R$ 8,00 + ou -.
- A maravilhosa loja de departamentos, Liver Pool...
- As “palapas” na praia. (quiosques de palha para os usuários da praia)
- “Esbarrar” na cultura, literalmente o tempo todo. (merece as fotos)
COISAS QUE EU VOU VALORIZAR MAIS NO BRASIL
- As pastelarias.
- Os shoppings.
- O transporte coletivo.
- A acetona.
- As manicures.
- O guaraná.
- O atendimento nas lojas.
- Cerveja em garrafa 600 ml.
- Faca em qualquer restaurante ou churrasco.
- A cultura do meu próprio país.
COISAS QUE SÓ O MÉXICO TEM
- Tecla “tortilla” no microondas.
- Festa de independência nos melhores bares e restaurantes da cidade. (Nós vamos conferir)
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
A MÁQUINA DE PAPEL
Construir uma máquina de papel é algo muito mais complexo do que eu imaginava.
A máquina que foi instalada aqui no México, é uma do tipo Tissue (se pronuncia “ticho”). Ela fabrica papel para fazer papel higiênico, papel toalha, guardanapos, absorventes, fraldas, lenços umedecidos/ou secos...
O projeto como um todo, necessita de muita gente especializada para se desenvolver e obter sucesso. – Perdoem-me os entendidos do assunto, se eu estou sendo muito simplista, mas essa é a minha maneira, de leiga, de ver as coisas. –
A ordem também pode não ser bem esta, mas é preciso o pessoal da engenharia, da civil, da mecânica, da elétrica, da hidráulica, da tubulação, da instrumentação, da HP pneumática, da montagem, da automação, do comissionamento... e outros.
Esta máquina deverá produzir o equivalente a 140 toneladas de papel por dia. Em metros, são 108 mil metros por hora. Agora pensemos; um rolo de papel higiênico tem 30 metros, às vezes... 50 metros. Quantos rolos pode-se fazer em um dia??? Pois é, são muitos mesmo. Isso quer dizer que podemos ficar tranquilos. Enquanto o meu Rina trabalhar, não vai faltar papel higiênico no mundo. Rssss
Aquilo que no início era um monte de terra, foi recebendo peças, criando corpo, tomando forma, crescendo... e virou mesmo uma máquina de papel.
O pessoal aqui trabalhou muito para a máquina ficar pronta no prazo combinado. Acho que todos trabalharam de segunda a segunda. Alguns trabalharam até as 24:00; outros trabalharam na parte da noite.
O mais interessante de tudo isso, foi ver o cansaço deles (que não era pouco) se transformar em alegria, no dia em que a máquina produziu papel pela primeira vez.
- Confiram algumas fotos.
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