quarta-feira, 24 de março de 2010

TAJÍN VIVE






Por acaso (e será mesmo que o acaso existe?) a nossa primeira visão das pirâmides, foi noturna. O show de luzes, em 3ª dimensão se chama “Tajín Vive”. Tal nomenclatura não poderia ser mais apropriada, porque realmente é vida o que se presencia naquele lugar. Diz o folder que o Tajín é um “vale sagrado, morada de espíritos, morada do deus da tormenta, templos ocultos, escultura de governantes antigos, canchas de jogos de bola vazias, guardiões totonacas respeitosos, dançarinos e músicos”. Mas nós, que estivemos lá, afirmamos que o Tajín é muito mais. É como um canto de resistência e força de um povo belicoso. É a certeza da presença viva das almas dos proprietários legais do templo, porque é a alma quem anima e o Tajín é verdadeiramente animado.
O custo do espetáculo é de 170 pesos (30 reais), o percurso é guiado e feito a pé, em grupos de 250 ou 300 pessoas (não sei ao certo) e dura 1hora e meia. No largo corredor de entrada, as pessoas caminham devagar e atentas. Sente-se então o forte aroma de incenso e logo se avista mulheres remanescentes dos totonacas, com vestimentas típicas da tribo, empunhando ramos de plantas, os quais são passados no corpo dos visitantes. Este primeiro contato com a cultura totonaca é chamado de ritual de purificação.
O segundo passo, já ao som de uma música indescritível que parece ter o poder de te conectar com o lugar, é a permissão de livre trânsito pelos donos do território. E assim vai, uma hora e meia de intensa magia, no sentido mais profundo que a palavra magia pode ter.
- Estávamos sem bateria na filmadora. As fotos quase não saíram pela escuridão. Mas para nós, a lembrança desta noite reveladora dos mistérios da antiguidade, será eterna. Divido com vocês o pouco que conseguimos registrar.


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