terça-feira, 13 de julho de 2010

FRIDA KAHLO – UMA PAIXÃO






Acho que como todo o ser humano, que seja verdadeiramente humano é claro, eu tenho algumas paixões na vida. Algumas delas são as minhas filhas, o meu Rina, a minha mãe, o ensino, o aprender, o meu Deus, etc, etc, e a Frida Kahlo (não necessariamente nesta ordem).
Quando começamos a falar sobre a vinda para o México, eu logo falei para o Rina sobre o meu desejo de conhecer a casa que a Frida nasceu, a mesma que hoje é o museu Frida Kahlo. O Rina falou que com todo o prazer me levaria, e ele cumpriu a promessa. Quem me conhece sabe que eu poderia passar horas dissertando sobre a vida da Frida, mas não pretendo fazer isso aqui. Para quem não conhece essa pintora espetacular e apaixonante, fica aqui a dica do filme, que leva o mesmo nome da artista. E para quem já conhece essa história de vida, repleta de dor e amor, eu quero dizer que entrar na casa onde ela nasceu, viveu e morreu, provoca sensações desconhecidas e indescritíveis.
A primeira visão da casa, fez o meu coração acelerar. Eu quase não podia acreditar que realmente estava prestes a entrar ali. Mas aconteceu, e como já disse, não é possível descrever os sentimentos. Existem detalhes naquele lugar, que eu desconhecia. Pode-se contemplar a cadeira de rodas que ela usou, a perna mecânica como o seu sapato, escritos (tanto dela; quanto dele) pelas paredes, gessos repletos de borboletas coloridas (como se vê no filme), a almofada bordada, os livros do casal, a cama com o espelho (na qual ela começou a pintar)... e finalmente a urna mortuária que guarda as cinzas da pintora, em forma de sapo.
Na verdade, poucas obras da Frida estão ali, mas a presença dela parece mesmo estar no ar. Existem aposentos, repletos de obras do Diego Rivera (importante muralista mexicano, marido da Frida), ainda que as mais relevantes estejam no seu próprio museu.
No bairro de Coyoacán se conta uma “lenda”. Dizem que o casal fez um pacto de nunca deixar esta casa, na qual foram tão felizes. Então transferiram suas almas para um casal de gatos que vivia ali e até hoje nas noites mais belas, pode-se escutar os miados. Algumas vezes parece que os gatos mantêm longas conversas; outras vezes parece mesmo que namoram apaixonadamente, como o faziam Frida e Diego. Infelizmente eu não vi os gatos, bem que eu queria...
Ah, o Diego deixou registrado em testamento, o desejo de ser cremado. Queria que suas cinzas fossem colocadas em uma urna, ao lado das cinzas da Frida na Casa Azul. Porém, seu desejo não foi cumprido, porque ele se casou outra vez e a sua mulher não quis. (essas mulheres....)
Não se pode fotografar o interior da casa, mas tudo o que foi possível registrar, eu coloco a disposição de quem quiser ver. Aqui deixo apenas algumas fotos para dar água na boca de quem é apaixonado pela Frida, como eu.

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