sábado, 31 de julho de 2010

PENSANDO EM ENSINO-APRENDIZAGEM


Meu trabalho era ensinar língua espanhola para falantes de língua portuguesa. Exercendo essa função, pude observar e avaliar os pontos mais difíceis neste processo de aprendizagem. Posso afirmar que o mais difícil para os brasileiros nesta construção é, sem sombra de dúvidas, a gramática da língua espanhola. Além disso, o vocabulário é extenso e exige do estudante boa memorização. Em compensação a competência oral pode ser adquirida com certa facilidade, baseado em que a língua portuguesa compreende todos os sons existentes na língua espanhola.

MUDANDO DE LADO

Agora meu trabalho é ensinar língua portuguesa para falantes de língua espanhola. Pouco se acrescenta coisas à gramática deles, antes pelo contrário, muito se tira. Ou seja, não existem muitas regras novas para inserir no processo de linguagem que eles têm construído. Na verdade, eu poderia dizer que o processo é de “desconstrução”.
Quanto à apropriação do vocabulário, o desenvolvimento também é facilitado. A língua espanhola usa muitíssimas palavras da língua “culta; ou formal; ou antiga; ou erudita” portuguesa, no seu cotidiano.
O difícil mesmo, fica por conta da oralidade. São vários os sons da língua portuguesa, que simplesmente não existem no espanhol.

De qualquer forma, sigo fascinada pelo desejo inato do ser humano em apreender.

*** Já estou pensando em fazer uma especialização em fonética.
*** Será que existe alguém no mundo que tenha que estudar mais do que uma pessoa que tem como função de vida o ensinar...???

- foto do site: http://www.fotosearch.com.br/tongro-image-stock/imagens-de-livros/TGR345/

Nenhum comentário:

Postar um comentário