Esta notícia me chamou a atenção no site G1.globo.com no dia 23 de agosto. Dizia que em todo o ano passado (2009), os brasileiros gastaram US$ 10,89 bilhões de dólares, fora do país, e que até julho deste ano (2010), já gastaram US$ 8,58 bilhões.
O meu medo é que o Rina leia isso também, e como eu gosto mesmo de comprar, ele acabe pensando que a culpa é minha. rsssss
Vocês acreditam que ele já me perguntou quantos pés eu tenho, só porque eu vivo comprando sapatos? Não é possível mesmo entender os homens...aff.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
sábado, 21 de agosto de 2010
NOTÍCIA EXTRA
Se os colorados, os gaúchos e os brasileiros estão pensando que os jogadores do Chivas partiram para a ignorância porque eles perderam o campeonato; saibam que isso não é verdade.
O time ganhou muita notoriedade aqui no México, porque foi o primeiro time mexicano a chegar tão longe neste tipo de campeonato. Na realidade os mexicanos desejavam ser campeões, mas reconhecem a superioridade do Internacional e por isso estão satisfeitos com o segundo lugar.
O problema foi o seguinte: para os mexicanos, não tocar o Hino nacional na sua íntegra, é uma falta de respeito grave. Ou seja, uma vez que começou a tocar o Hino, ele não pode ser interrompido. Isso significa uma atitude antipatriota, uma agressão à Nação.
Isso explica o porquê de um dos jogadores mexicanos, não ter ficado em posição de respeito na hora do nosso Hino. Eles já estavam muito brabos.
Depois seguiram as desavenças normais do jogo, a perda, um torcedor brasileiro que invadiu o campo ... era meio óbvio que só poderia terminar assim.
De qualquer forma, os mexicanos lamentam todos os erros ocorridos neste jogo, porque eles realmente admiram o Brasil como a Potência Latina e como o país do futebol.
O time ganhou muita notoriedade aqui no México, porque foi o primeiro time mexicano a chegar tão longe neste tipo de campeonato. Na realidade os mexicanos desejavam ser campeões, mas reconhecem a superioridade do Internacional e por isso estão satisfeitos com o segundo lugar.
O problema foi o seguinte: para os mexicanos, não tocar o Hino nacional na sua íntegra, é uma falta de respeito grave. Ou seja, uma vez que começou a tocar o Hino, ele não pode ser interrompido. Isso significa uma atitude antipatriota, uma agressão à Nação.
Isso explica o porquê de um dos jogadores mexicanos, não ter ficado em posição de respeito na hora do nosso Hino. Eles já estavam muito brabos.
Depois seguiram as desavenças normais do jogo, a perda, um torcedor brasileiro que invadiu o campo ... era meio óbvio que só poderia terminar assim.
De qualquer forma, os mexicanos lamentam todos os erros ocorridos neste jogo, porque eles realmente admiram o Brasil como a Potência Latina e como o país do futebol.
LAVAGEM DE DINHEIRO...
... e cartões de banco, e cartões de crédito, e documentos, e fotos... enfim, a carteira inteira.
O dia foi atípico. Fui para a aula de inglês, depois ao super, depois para o PC falar com a Bru... Então eu comi, e já era uma hora da tarde quando resolvi ajeitar a casa e tomar um banho para logo organizar as aulas que eu tinha que dar. Fazia 40 graus, coisa básica por aqui, e descobri que estávamos sem água. Dei uma “tapeada” na casa, troquei de roupa, passei um “perfumezinho” e fiquei organizando o material. O Rina chegou cedo e logo foi ver o que tinha acontecido com a água.
A água estava cortada por falta de pagamento. Mas no papel da CIA, dizia apartamento C. Ora, o nosso é o apartamento D, e, além disso, nossa conta estava paga. Lá vai o Rina para a CIA. Não havia ninguém disponível para fazer o serviço. Aí o Rina falou de “todos os nossos filhos pequenos” sem água (eu sonho dormindo; ele, acordado). Ao menos, a história funcionou. O atendente deu uma peça para ele colocar junto ao registro; e foi assim que a água voltou aos canos desta casa.
Bem, quando ele chegou, eu já estava dando aula. Ele tomou banho e quando sentou com o seu PC para descansar, ligaram da fábrica e ele teve que retornar. Dei aula das 5:00 as 8:30. O Rina chegou antes de eu terminar, e chegou também a mãe do meu aluno Alexandro, e ficamos conversando um pouco, porque esta foi a última aula dele. Despedimos-nos. Nos próximos dias ele vai para o Brasil. Corri para um banho enquanto o Rina lavou a louça. Eu ainda estava no banho quando o Santana chegou com as cervejas. Mais um que veio se despedir. Sabem para onde ele vai? Para o Brasil, claro. E desta vez, não volta mais.
Final do mês é o Ricardo quem vai. O Sidinei, foi dia 11. Pois é... o nosso dia vai chegar, mas quando será?
Já era tarde quando o Santana saiu daqui, mas mesmo assim eu resolvi colocar umas roupas na máquina. O Rina foi junto e pegou uma calça, tirou o cinto e umas chaves do bolso. Depois de colocar as outras roupas na máquina, eu peguei a calça da mão dele e joguei lá também. Deixei a máquina lavando e fui dormir. Eram 6:30 da manhã, quando eu fui colocar as roupas na secadora. Quase tive um ataque cardíaco! Havia mais dinheiros, cartões, papéis, documentos ... que roupas, espalhados pela máquina.
Bem, o RG do Rina, acabou – sorte que o passaporte é o documento que vale por aqui – o dinheiro secou, a carteira entortou e eu já comprei outra, a única foto que ficou inteira foi a da Bruna, e os cartões ficaram limpinhos. Meu pavor era os cartões não funcionarem, mas graças a Deus passaram no teste.
A única coisa que não tenho como resolver é essa acusação que pesa sobre mim, de lavagem de dinheiro. Faz parte!
O dia foi atípico. Fui para a aula de inglês, depois ao super, depois para o PC falar com a Bru... Então eu comi, e já era uma hora da tarde quando resolvi ajeitar a casa e tomar um banho para logo organizar as aulas que eu tinha que dar. Fazia 40 graus, coisa básica por aqui, e descobri que estávamos sem água. Dei uma “tapeada” na casa, troquei de roupa, passei um “perfumezinho” e fiquei organizando o material. O Rina chegou cedo e logo foi ver o que tinha acontecido com a água.
A água estava cortada por falta de pagamento. Mas no papel da CIA, dizia apartamento C. Ora, o nosso é o apartamento D, e, além disso, nossa conta estava paga. Lá vai o Rina para a CIA. Não havia ninguém disponível para fazer o serviço. Aí o Rina falou de “todos os nossos filhos pequenos” sem água (eu sonho dormindo; ele, acordado). Ao menos, a história funcionou. O atendente deu uma peça para ele colocar junto ao registro; e foi assim que a água voltou aos canos desta casa.
Bem, quando ele chegou, eu já estava dando aula. Ele tomou banho e quando sentou com o seu PC para descansar, ligaram da fábrica e ele teve que retornar. Dei aula das 5:00 as 8:30. O Rina chegou antes de eu terminar, e chegou também a mãe do meu aluno Alexandro, e ficamos conversando um pouco, porque esta foi a última aula dele. Despedimos-nos. Nos próximos dias ele vai para o Brasil. Corri para um banho enquanto o Rina lavou a louça. Eu ainda estava no banho quando o Santana chegou com as cervejas. Mais um que veio se despedir. Sabem para onde ele vai? Para o Brasil, claro. E desta vez, não volta mais.
Final do mês é o Ricardo quem vai. O Sidinei, foi dia 11. Pois é... o nosso dia vai chegar, mas quando será?
Já era tarde quando o Santana saiu daqui, mas mesmo assim eu resolvi colocar umas roupas na máquina. O Rina foi junto e pegou uma calça, tirou o cinto e umas chaves do bolso. Depois de colocar as outras roupas na máquina, eu peguei a calça da mão dele e joguei lá também. Deixei a máquina lavando e fui dormir. Eram 6:30 da manhã, quando eu fui colocar as roupas na secadora. Quase tive um ataque cardíaco! Havia mais dinheiros, cartões, papéis, documentos ... que roupas, espalhados pela máquina.
Bem, o RG do Rina, acabou – sorte que o passaporte é o documento que vale por aqui – o dinheiro secou, a carteira entortou e eu já comprei outra, a única foto que ficou inteira foi a da Bruna, e os cartões ficaram limpinhos. Meu pavor era os cartões não funcionarem, mas graças a Deus passaram no teste.
A única coisa que não tenho como resolver é essa acusação que pesa sobre mim, de lavagem de dinheiro. Faz parte!
FALANDO EM SAUDADES
Dizem que o ser humano deve conhecer os seus próprios limites. Eu estou encontrando os meus. Descobri que o meu limite é de meio ano.
Estou ficando roxa de tantas saudades. Já não sinto a mesma alegria em estar aqui. Já não como direito, já não durmo direito. E quando durmo sonho que as gurias voltaram a ser pequenas. Tenho pesadelos. Geralmente sonho que a Bruna passa por algum tipo de perigo. Acordo ofegante e com dor no estômago. Custo a dormir outra vez e torno a sonhar com elas. Gosto quando a Bruna sorri para mim, nestes sonhos. Desde pequena, ela tem este sorriso que parece iluminar o mundo inteiro.
A distância tem seu lado bom, ela faz com que possamos enxergar o quanto amamos as pessoas e o quanto a presença delas é importante na nossa vida. Acho que eu já sabia o quanto eu amava estas mulheres. O que eu não sabia era que ficar muito tempo longe delas, doía tanto assim.
Sinto falta das minhas filhas; sinto falta da minha mãe.
sábado, 14 de agosto de 2010
ALEXANDRO
Meu aluno Alexandro é mesmo uma figura rara. Fez 17 anos na última quarta-feira e se prepara para passar oito meses no Brasil. Ele foi o meu primeiro aluno mexicano e me chama o tempo inteiro de “maestra”.
Quando eu deixei o meu trabalho na escola, pensei no quanto eu iria sentir saudades dos meus alunos. Agora que o Alexandro se vai, penso que vou sentir saudades dele também. Falando em saudades, vocês já ouviram aquela história de que só os brasileiros sentem saudades, porque a palavra saudade não existe em nenhuma outra língua? Pois isso não é verdade.
O que acontece é que a palavra saudade – da língua portuguesa – é um substantivo, enquanto que “extrañar” – em espanhol – ou “miss” – em inglês – são verbos. Mas o sentimento; esse é verdadeiramente igual.
Mas o assunto desta postagem é o Alexandro. E quero contar para vocês o quanto ele é engraçado. Faz cada pergunta, que eu tenho que rir.
Enquanto eu explico alguma coisa importante da língua portuguesa, ele parece prestar muita atenção. Então eu termino dizendo: Alguma pergunta? E ele sempre tem uma...
O problema é que a pergunta nunca tem a ver com o assunto que eu estou falando.
Sente o tipo de perguntas que ele faz:
- Maestra, que tamanho tem as formigas no Brasil?
- Maestra, pode-se tomar coca-cola pela manhã, no Brasil?
- A que horas anoitece no Brasil?
- Maestra, tua camiseta é da marca xxxxxxxxxx?
- Existem baratas no Brasil?
- Tem anacondas pelas ruas do Brasil?
Não disse que ele era uma figura rara?
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
LA RIVERA
La Rivera é um lugar maravilhoso. É composto por um conjunto de restaurantes especializados em mariscos, localizados na orla de uma lagoa. Qualquer restaurante que se escolha ali é uma ótima escolha. Todos são muito típicos e os músicos, ambulantes, desenhistas ... que passam em um; passam nos outros. Também se encontra em cada um deles, um “muele” com um ou dois barquinhos para se passear pela lagoa.
A grande sensação do passeio ficou por conta de um lagartinho de apenas um mês. O coitadinho até posa para as fotos. É desta forma que ele ganha uns trocados para se alimentar. De acordo com o dono do animal, ele come alface, guisado e muito “chile” (pimenta). O “tipo” queria vender o bichinho por 100 pesos (menos de 10 dólares – menos de 20 reais), eu só não comprei porque ele não tinha passaporte nem visto para entrar no Brasil.
Brincadeira, mas ele era mesmo um amorzinho.
*atenção no ombro direito do Rina.
CALEJÓN DE LOS MILAGROS
Beco dos milagres: este é o significado do nome escolhido para este bar-restaurante de decoração tão exótica. É difícil de acreditar, mas eu esqueci a máquina fotográfica no hotel neste dia. Então, a Irma tirou umas fotos com o seu celular. A qualidade das fotos deixa a desejar, mas vale o registro do passeio.
Neste dia, final da copa, os homens bebiam e não tiravam os olhos da TV. Então nós fomos circular e fotografar um pouco o lugar.
A parte mais interessante do bar é mesmo o banheiro. Ficamos as duas ali lendo as frases engraçadas das paredes. Até fotos delas, nós tiramos. Além disso, eu mesma fui fotografada no banheiro (rsssss). Mas vocês podem ver que realmente merecia, porque eu nunca vi um banheiro tão mexicano assim.
Escolhi umas frases para compartilhar com vocês, então lá vai:
- Existem duas palavras que te abrem muitas portas, puxe e empurre.
- É bom deixar a bebida; o ruim é não lembrar onde.
- Trabalhar nunca matou ninguém; mas para que arriscar-se?
- Onde está a outra metade do meio oriente?
- A vida é pura contradição, “separado” se escreve tudo junto e “tudo junto” se escreve separado.
- Não existe mulher feia; só beleza rara. (a palavra rara também pode significar estranha na língua espanhola)
Na foto “clube do bolinha”; Gabriel, meu Rina, Luís, Celestino e Sidnei.
ENQUANTO ELES TRABALHAM; ELAS PASSEIAM
terça-feira, 10 de agosto de 2010
COMIDA TÍPICA
“Tortilla” com alguma coisa dentro, vira “Taco”. “Tortillas” são feitas de “harina” ou de “maíz”. “Harina” quer dizer de farinha de trigo e “maíz” de farinha de milho. O sabor de uma e de outra, é completamente diferente, mas ambas são boas. Com churrasco, se come as “tortillas de harina”. As “quesadillas”, “tortillas” recheadas com queijo, também são as de “harina”. Meus tacos preferidos são: “al pastor” – “tortilla” recheada com carne de porco, cebola, abacaxi e “cilantro”. (“Cilantro”, eu acho que é coentro. Não tenho certeza, mas se “cilantro” for um tempero que tem uma folha muito parecida com a salsa, é isso.) Aqui se usa muito “cilantro”. É o tempero base para tudo. Também me encanta o taco de “Barbacoa”, que é feito da carne da cabeça de algum animal. Geralmente, aqui no norte do México, é feito da carne da cabeça do carneiro.
Bem, os “tacos” são “tortillas” dobradas, tipo pastel, e consumidas com as mãos.
Além dos tacos, eu adoro o “guacamole” (abacate esmagado com cebola e tomate picados, temperado com sal e limão). Também se come “frijoles”, algo parecido com tutu de feijão. Pode ser preto ou marrom. Ainda tem o “Tamal”, tipo uma pamonha, feito de farinha de milho, mas embrulhado na folha de banana e não na de milho como no Brasil.
Os “ostiones”, também são uma especialidade mexicana. Sobre estes, já falei aqui que o Rina adora. Provei uns gratinados com queijo. Bem melhores que os “naturais”, que não passam de crus mesmo. E não posso deixar de falar do “mole”. Ahhh, o mole. Está no filme da Frida. Picante, porém saboroso. Cheira a México.... Tem cor de México.... Sabor de México.
Tudo é servido com guarnição de molhos apimentados. Fica no gosto de cada um usar os “molinhos”, ou não.
Realmente se come muito bem no México. Ainda bem que com alimentos, eu não tenho trauma algum. Bom, até que eu queria ter algum trauma, assim não estaria tão gordinha....rsssss
* Na foto do “taco al pastor”, sem cilantro, a tortilla mais branquina é a de harina e a mais amarelinha, de maíz.
* A “saladinha” de cenoura, cebola e pepino, é pura pimenta....arde até os pensamentos.
* O prato completo, chama-se “Carne a tampiqueña”. Nele, podem-se ver os “frijoles” e o abacate, que é um dos alimentos base por aqui. (Olha as “tortillas” para acompanhar, é como o pão no Brasil; cai bem com qualquer comida.)
* É claro que algumas vezes nós comemos umas coisas menos estranhas. Olha que delícia de camarões... hummm Esses são do meu restaurante preferido. O Chinês.
MAIS UMA CASA NOVA
Traumas existem para serem superados! Eu tenho trauma de mudanças. Até análise eu já fiz para me livrar disso. Melhorei, tanto é que tive coragem de largar minha vidinha completamente estável e vir para cá, mas não curei. De qualquer forma a vida é sábia. (Deus é vida. Deus é sábio.) E as cicatrizes que a vida te dá, ela mesma se encarrega de curar. Ás vezes os caminhos são tortos. Quase sempre, para nós, simples humanos, é difícil compreender o porquê das coisas. Mas no final, quando estamos abertos, tudo acaba bem, todas as dores são sanadas e a tempestade acaba se transformando em um lindo arco-íris.
Pois é, tudo isso para contar que nós nos mudamos outra vez. Estamos agora em um apartamento. Parece bem seguro. É amplo, moderno e confortável. Não gosto muito de apartamentos, prefiro as casas. Mas estou aprendendo que gostar disso, não gostar daquilo, é tudo frescura. A vida é como é, e nós devemos viver cada momento, cada espaço, cada situação, com tudo de positivo que pudermos encontrar. E eu garanto, sempre existem coisas positivas.
A cada casa que vamos, procuramos emprestar um pouco da nossa “cara” para ela. (olha a foto no porta-retrato aqui na sala)
Mas o pior de tudo, é que eu ainda me apego aos lugares. E com certeza ainda vou sentir saudades deste lugar.
* Estamos mais longe da escola de inglês. As opções de transporte são: ônibus (não são de uma empresa, qualquer um compra um ônibus e põe na rua “uns cacos” rsssss); táxi (a 30 pesos cada corrida) e o taxi coletivo (vai entrando passageiro enquanto couber, 6 pesos). Eu prefiro o táxi coletivo “táxi de paradas contínuas”, gasto 12 pesos por dia e os 48 que economizo, gasto em bobagens....
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