segunda-feira, 20 de setembro de 2010
DESPEDIDAS V
A despedida 5, foi um “desayuno” na casa de amigos.
O dono da casa se chama José. Ele é louco pelas músicas do Roberto Carlos e do Nelson Ned. (Para quem não conhece este último, acho que ainda dá para fazer alguma busca do tipo “naftalina” no vagalume)
O José toca violão, e queria que eu cantasse umas músicas do Roberto Carlos em português. Coitado, ele não tem noção do que seja eu cantando...
A esposa dele levantou-se às 6 da manhã para preparar os comes. Realmente fiquei com pena dela, mas por outro lado valeu a pena ela ter madrugado, porque tudo que tinha lá estava mesmo uma delícia.
A casa deles tem uns detalhes bem mexicanos. Tem o sol e a lua na parede, tem um iguana sob uma pedra e também tem um altar com velas acesas para a virgem, logo na porta de entrada. Está certo que eu adoro fotografar tudo, mas tirar fotos da santa ia ficar um pouco indelicado da minha parte, então eu só fotografei as outras coisas. E aí estão as fotos.
DESPEDIDAS IV
Esta foi uma janta em casa, com um casal muito querido. Luís (chileno) e sua esposa Irma (mexicana).
Fazer uma janta neste apartamento é algo meio complicado. Esta moradia é o oposto da casa que tínhamos, não tem quase nada aqui. Temos umas duas panelas, quatro pratos, quatro garfos, facas e colheres. Não temos formas, pratos refratários, escorredor de massa... Por essas dificuldades todas, foi que pensamos em comprar algo pronto e logo nos lembramos de uma “paella” ótima, que já havíamos comido anteriormente. Como não tínhamos o telefone do restaurante de “paellas”, fomos até lá na parte da manhã e pegamos um folder. Naturalmente perguntaram-nos se íamos fazer um pedido, ao qual nós respondemos que não, mas que ligaríamos a noite para um pedido de tele entrega. Perguntei o tempo que demoravam para entregar um pedido, fiz o cálculo do horário que deveríamos ligar, agradeci e nos fomos.
Antes dos convidados chegarem, nós resolvemos ligar para pedir a “paella”, mas ninguém atendia ao nosso chamado. O Rina insistiu algumas vezes, mas não adiantou. Então, ele resolveu ir até lá... e ... SURPRESA... o restaurante estava fechado. O Rina ainda tentou me ligar para saber o que fazer, mas o meu telefone estava bem guardado na bolsa, dentro do guarda-roupa. Depois de ele voltar para a casa e me contar que o jantar planejado havia ido por água abaixo, resolvemos colocar em ação o plano B.
E foi assim que nós acabamos comendo uma bela pizza marinera. De qualquer forma o encontro esteve tão bom, que só acabou depois das duas da madrugada.
DESPEDIDAS III
O “desayuno” do grupo das “senhoras tampiqueñas”, foi no Fiesta INN. No mesmo hotel que o Rina e eu ficamos hospedados quando deixamos a casa.
Esta despedida foi no dia 14, e como a festa da independência era no dia 15, encontramos um grupo de senhoras comemorando antecipado. As senhorinhas estavam tão lindamente vestidas de mexicanas, que eu não resisti e pedi para tirar uma foto.
DESPEDIDAS II
Mais despedidas. - Ao menos agora somos nós, o Rina e eu, quem estamos nos despedindo- “Desayunos” e jantas... e eu só engordando...faz parte, afinal é por uma boa causa.
O primeiro deles, foi no restaurante da loja Liver Pool, com o pessoal da escola de inglês Harmon Hall.
Está é a foto da turma do curso 5. De quebra, coloquei a foto de alguns "platillos" do café da manhã.
*lembrete: Por mais incrível que possa parecer, eu já estou no curso intermediário de inglês. Já não sou uma “analfabeta” na língua inglesa.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
O BICENTENÁRIO
O México está mesmo completando 200 anos de independência? Há controvérsias.
De fato o padre católico Miguel Hidalgo dá o chamado “Grito de Dolores” no dia 16 de setembro de 1810, mas este era apenas o início de um longo processo de independência, o qual duraria ainda 11 anos. A consumação da independência deste país ocorreu de fato no dia 27 de setembro de 1821, quando o exército “Trigarante” entrou, de forma triunfante, na Cidade do México. Conta a história, que o desfile foi realmente espetacular. As cores predominantes foram o verde, o branco e o vermelho (cores da bandeira Trigarante – hoje são as cores da bandeira mexicana).
Bem, o fato é que o México comemorou o bicentenário nestes dois últimos dias (e de quebra, comemorou também o centenário da revoluação), 15 e 16, e nós, o Rina e eu, vivenciamos o patriotismo deste povo. A maior festa foi realizada no Zócalo, centro histórico da capital (Cidade do México). Foi um belíssimo desfile, que reviveu a história mexicana desde a origem Mesoamericana até os dias de hoje, o qual teve início as 18:00 e terminou pouco depois das 23:00 com “O Grito”, proclamado pelo Presidente Felipe Calderón, seguido do Hino Nacional e uma exibição de fogos de artifício.
O dia 16 foi reservado para o desfile militar. O mesmo esteve grandioso! Além das tropas mexicanas, pelotões de outros 17 países convidados se exibiram no Zócalo. Foram eles: Alemanha, Argentina, Brasil, Canadá, Chile, China, Honduras, Colombia, El Salvador, Estados Unidos, Espanha, França, Guatemala, Nicaragua, Russia, Perú e Venezuela.
Por medidas de segurança, o aeroporto internacional, foi mantido fechado entre 9:00 e 13:00 horas, neste dia.
O Rina, eu e alguns amigos mexicanos, acompanhamos o “Grito” através de um telão, no salão de festas do restaurante 360. Fiz uma filmagem – que não está lá essas coisas – porque realmente é um momento histórico, e ainda que eu tenha certeza que nunca vou me esquecer disso, achei melhor registrar. Vai que um dia a memória falha...
De fato o padre católico Miguel Hidalgo dá o chamado “Grito de Dolores” no dia 16 de setembro de 1810, mas este era apenas o início de um longo processo de independência, o qual duraria ainda 11 anos. A consumação da independência deste país ocorreu de fato no dia 27 de setembro de 1821, quando o exército “Trigarante” entrou, de forma triunfante, na Cidade do México. Conta a história, que o desfile foi realmente espetacular. As cores predominantes foram o verde, o branco e o vermelho (cores da bandeira Trigarante – hoje são as cores da bandeira mexicana).
Bem, o fato é que o México comemorou o bicentenário nestes dois últimos dias (e de quebra, comemorou também o centenário da revoluação), 15 e 16, e nós, o Rina e eu, vivenciamos o patriotismo deste povo. A maior festa foi realizada no Zócalo, centro histórico da capital (Cidade do México). Foi um belíssimo desfile, que reviveu a história mexicana desde a origem Mesoamericana até os dias de hoje, o qual teve início as 18:00 e terminou pouco depois das 23:00 com “O Grito”, proclamado pelo Presidente Felipe Calderón, seguido do Hino Nacional e uma exibição de fogos de artifício.
O dia 16 foi reservado para o desfile militar. O mesmo esteve grandioso! Além das tropas mexicanas, pelotões de outros 17 países convidados se exibiram no Zócalo. Foram eles: Alemanha, Argentina, Brasil, Canadá, Chile, China, Honduras, Colombia, El Salvador, Estados Unidos, Espanha, França, Guatemala, Nicaragua, Russia, Perú e Venezuela.
Por medidas de segurança, o aeroporto internacional, foi mantido fechado entre 9:00 e 13:00 horas, neste dia.
O Rina, eu e alguns amigos mexicanos, acompanhamos o “Grito” através de um telão, no salão de festas do restaurante 360. Fiz uma filmagem – que não está lá essas coisas – porque realmente é um momento histórico, e ainda que eu tenha certeza que nunca vou me esquecer disso, achei melhor registrar. Vai que um dia a memória falha...
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
DESPEDIDAS
Agora foi a vez do Ricardo, passar aqui em casa para se despedir. Tudo bem, o Rina e eu aguentamos mais essa, porque o nosso retorno também está próximo. Aproveitei a oportunidade e paguei uma “divida”, que era fazer uma janta para ele (o Ricardo). Preciso colocar essa foto no blog, porque é o meu comprovante de pagamento. rssss
O Ricardo, o Santana e o Rina, além de terem sido parceiros na montagem desta máquina, se reuniram em alguns momentos para festejar algumas coisas. Como por exemplo, a páscoa, o aniversário do Rina, a vontade de comer feijoada, ou pizzas... Também foram juntos algumas vezes para os Estados Unidos, e pelo que me consta, foi até bem divertido esse bando de homens (porque havia outros) fazendo compras na terra do tio Sam.
Bem, o projeto está chegando ao fim, mas a parceria e o companheirismo destes “três mosqueteiros”, certamente se repetirá em muitas outras obras.
SER OU NÃO SER
Eu sou!!!
Ser professora está em mim, e eu amo isso.
Cada aluno que passa pela minha vida, deixa um pouco de si em mim. Deus queira que eles levem um pouco de mim também.
Ensinar a minha língua materna, para pessoas que desconheciam a língua portuguesa, está sendo algo inovador e gratificante. Alguns alunos já partiram, mas outros permanecem e querem aproveitar para aprender até o último momento da minha estada aqui.
Uma língua se aprende lendo, escrevendo, falando, ouvindo, conhecendo regras... mas também se aprende brincando. E eu sei que a forma lúdica, é uma forma prazerosa de aprender. Por isso procuro mesclar o tradicional com o lúdico nestas aulas, para que a aprendizagem tenha mais significado e a lembrança do que foi aprendido possa ser mais viva.
Agradeço aos alunos mexicanos que confiaram a mim o seu desejo de aprender, e com isso me concederam o privilégio de crescer ainda mais no meu papel de educadora.
Obrigada ao Gilberto, Alexandro, Martha, Juan Pablo e Irma.
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
TEQUILA !!!
São apenas quatro, as regiões mexicanas permitidas para a fabricação do tequila pura. E afortunadamente, Tamaulipas é uma delas. Então, a curiosa que vos fala, quis conhecer uma fábrica, e o meu Rina, que é um amorzinho, marcou o passeio.
A tequilera que nós visitamos era extremamente artesanal. Não obtive a informação da quantidade de litros que ela produz, mas o guia nos garantiu que 95% da produção é vendida para exportação, e apenas 5% fica no país. São produzidos aí, quatro tipos de tequilas. O mais barato custa R$ 27,00 (reais), enquanto o mais caro, nada mais; nada menos que 300 dólares.
Aprendemos como identificar um tequila de excelente qualidade e divido este conhecimento com vocês. No rótulo deve aparecer a frase “100% de puro agave”. - agave é a planta da qual o tequila é feito - além disso, deve aparecer um número de CRT, que é um tipo de registro de qualidade.
O processo de produção é muito semelhante ao da cachaça. Ambas são bebidas destiladas, provenientes de uma planta, que podem (ou não) ser envelhecidas em barris de madeira européia. Para aproximar ainda mais as duas bebidas, as duas costumam ser tomadas em pequenos copos. Aqui no México, os copinhos levam o nome de “caballito”. Diferentemente do Brasil, esta bebida é consumida por homens e mulheres sem restrições e por todas as classes sociais, como uma forma de manter viva a cultura mexicana.
Existem diferentes tipos de tequilas, sejam da bebida considerada pura, ou não. Existe o tequila de cor branca, com o maior teor alcoólico; o tequila repousado, envelhecido; o tequila mezcal, que não provém de uma região permitida; e o tequila com gusano (o bichinho do agave, parecido com o bichinho da goiaba). Mas todos são tequilas, puro sabor México.
Um agave, deve crescer por aproximadamente 6 anos, antes de virar tequila. A fábrica visitada, possuí uma plantação de agave, que garante boa parte do que ela necessita, e ainda compra outra grande parte da produção de agave, de mais duas plantações longínquas. Um dado interessante, é que as folhas dos agaves não são utilizadas para absolutamente nada, vão para o lixo. (Isso porque não é uma produção brasileira. Pois se fosse, no mínimo os caras inventariam que as folhas do agave servem como um poderoso cosmético e transformariam tudo em dinheiro. Ou seja, os homens iam beber o tequila do agave, enquanto as mulheres iam passar os cremes feitos do agave na cara)
Os entendidos em máquinas, Rina e Ricardo, acharam o maquinário da tequilera um tanto obsoleto, mas como a fábrica é artesanal e parece ter uma produção pequena, eles aceitaram a viabilidade da produção.
Acabou por aqui o passeio, mas uma amostra do tequila Chinaco, vai conosco para o Brasil. Se alguém quiser provar, que se acuse logo antes que acabe, pois nós teremos imenso prazer em “compartir” esta bebida, que é o verdadeiro orgulho mexicano.
* Apenas quatro garrafas de tequila podem ser levadas, por cada pessoa que deixa o país por via aérea.
domingo, 5 de setembro de 2010
COROAS PROPAGANDA
Tem garota/o propaganda. E de uns tempos para cá, nós criamos a expressão “coroas propaganda”.
O Rina e eu somos loucos por coca-cola. Temos várias fotos nossa, tomando coca, dignas de propaganda. Daí nasceu a expressão. – (Confira uma destas fotos mais antigas.) Um dia eu ainda as envio para a publicidade da coca.
Bem, aqui no México, nós fomos a uma pizzaria toda decorada de produtos, quadros, souvenires... da coca-cola.
Não tiramos a tradicional foto juntos, até porque a nossa fotógrafa está no Brasil - a Pâmela – , mas vale o registro porque o restaurante está bem bonito.
ENTRANDO NUMA FRIA
Falaram-me de um restaurante brasileiro que servia “carne na espada”.
E eu logo pensei... - Meu Deus, isso só pode ser churrasco. Como boa gaúcha, ando doida por uma boa carne “mugindo”.
Então no domingo, o Rina me levou lá. O restaurante era todo decorado em verde e amarelo-Brasil. As fotos do churrasco, na parede, me deram água na boca e meu cérebro me avisou que eu ia me fartar.
Mas que desgraça!!!
Não sei se era para rir; ou para chorar, mas eles conseguiram realizar a façanha de colocar bife no espeto. Serviram-nos um pouco de coração de galinha, coisa que não é de costume por aqui, mas estava puro alho.
A única coisa que prestou, foi a picanha. Mas o garçom, que me serviu uma lasquinha, tomou um baita susto quando eu o mandei baixar a carne no meu prato.
Bem, daqui para frente eu só vou a restaurantes brasileiros no Brasil mesmo. O jeito é seguir comendo tacos, que esses sim, os mexicanos fazem bem feitos.
CADA COISA NO SEU LUGAR
COISAS PRÁTICAS QUE EU VOU SENTIR FALTA
- Gás encanado que vem da rua e se paga a conta uma vez ao mês, como a luz, a água...
- A máquina de fazer gelo do hotel.
- O desinfetante para piso com repelente a baratas. (Existem também com repelente a escorpião, para outras regiões do México).
- Os absorventes noturnos, pelo mesmo preço dos pequenos.
- A internet móvel, que se colocam créditos como em um celular pré-pago.
- As lancherias com refrigerante à vontade.
- Os salões de beleza abertos aos domingos.
- Big Mac com batatas e refrigerante por R$ 8,00 + ou -.
- A maravilhosa loja de departamentos, Liver Pool...
- As “palapas” na praia. (quiosques de palha para os usuários da praia)
- “Esbarrar” na cultura, literalmente o tempo todo. (merece as fotos)
COISAS QUE EU VOU VALORIZAR MAIS NO BRASIL
- As pastelarias.
- Os shoppings.
- O transporte coletivo.
- A acetona.
- As manicures.
- O guaraná.
- O atendimento nas lojas.
- Cerveja em garrafa 600 ml.
- Faca em qualquer restaurante ou churrasco.
- A cultura do meu próprio país.
COISAS QUE SÓ O MÉXICO TEM
- Tecla “tortilla” no microondas.
- Festa de independência nos melhores bares e restaurantes da cidade. (Nós vamos conferir)
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
A MÁQUINA DE PAPEL
Construir uma máquina de papel é algo muito mais complexo do que eu imaginava.
A máquina que foi instalada aqui no México, é uma do tipo Tissue (se pronuncia “ticho”). Ela fabrica papel para fazer papel higiênico, papel toalha, guardanapos, absorventes, fraldas, lenços umedecidos/ou secos...
O projeto como um todo, necessita de muita gente especializada para se desenvolver e obter sucesso. – Perdoem-me os entendidos do assunto, se eu estou sendo muito simplista, mas essa é a minha maneira, de leiga, de ver as coisas. –
A ordem também pode não ser bem esta, mas é preciso o pessoal da engenharia, da civil, da mecânica, da elétrica, da hidráulica, da tubulação, da instrumentação, da HP pneumática, da montagem, da automação, do comissionamento... e outros.
Esta máquina deverá produzir o equivalente a 140 toneladas de papel por dia. Em metros, são 108 mil metros por hora. Agora pensemos; um rolo de papel higiênico tem 30 metros, às vezes... 50 metros. Quantos rolos pode-se fazer em um dia??? Pois é, são muitos mesmo. Isso quer dizer que podemos ficar tranquilos. Enquanto o meu Rina trabalhar, não vai faltar papel higiênico no mundo. Rssss
Aquilo que no início era um monte de terra, foi recebendo peças, criando corpo, tomando forma, crescendo... e virou mesmo uma máquina de papel.
O pessoal aqui trabalhou muito para a máquina ficar pronta no prazo combinado. Acho que todos trabalharam de segunda a segunda. Alguns trabalharam até as 24:00; outros trabalharam na parte da noite.
O mais interessante de tudo isso, foi ver o cansaço deles (que não era pouco) se transformar em alegria, no dia em que a máquina produziu papel pela primeira vez.
- Confiram algumas fotos.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
“GASTO DE TURISTA BRASILEIRO NO EXTERIOR BATE RECORDE”
Esta notícia me chamou a atenção no site G1.globo.com no dia 23 de agosto. Dizia que em todo o ano passado (2009), os brasileiros gastaram US$ 10,89 bilhões de dólares, fora do país, e que até julho deste ano (2010), já gastaram US$ 8,58 bilhões.
O meu medo é que o Rina leia isso também, e como eu gosto mesmo de comprar, ele acabe pensando que a culpa é minha. rsssss
Vocês acreditam que ele já me perguntou quantos pés eu tenho, só porque eu vivo comprando sapatos? Não é possível mesmo entender os homens...aff.
O meu medo é que o Rina leia isso também, e como eu gosto mesmo de comprar, ele acabe pensando que a culpa é minha. rsssss
Vocês acreditam que ele já me perguntou quantos pés eu tenho, só porque eu vivo comprando sapatos? Não é possível mesmo entender os homens...aff.
sábado, 21 de agosto de 2010
NOTÍCIA EXTRA
Se os colorados, os gaúchos e os brasileiros estão pensando que os jogadores do Chivas partiram para a ignorância porque eles perderam o campeonato; saibam que isso não é verdade.
O time ganhou muita notoriedade aqui no México, porque foi o primeiro time mexicano a chegar tão longe neste tipo de campeonato. Na realidade os mexicanos desejavam ser campeões, mas reconhecem a superioridade do Internacional e por isso estão satisfeitos com o segundo lugar.
O problema foi o seguinte: para os mexicanos, não tocar o Hino nacional na sua íntegra, é uma falta de respeito grave. Ou seja, uma vez que começou a tocar o Hino, ele não pode ser interrompido. Isso significa uma atitude antipatriota, uma agressão à Nação.
Isso explica o porquê de um dos jogadores mexicanos, não ter ficado em posição de respeito na hora do nosso Hino. Eles já estavam muito brabos.
Depois seguiram as desavenças normais do jogo, a perda, um torcedor brasileiro que invadiu o campo ... era meio óbvio que só poderia terminar assim.
De qualquer forma, os mexicanos lamentam todos os erros ocorridos neste jogo, porque eles realmente admiram o Brasil como a Potência Latina e como o país do futebol.
O time ganhou muita notoriedade aqui no México, porque foi o primeiro time mexicano a chegar tão longe neste tipo de campeonato. Na realidade os mexicanos desejavam ser campeões, mas reconhecem a superioridade do Internacional e por isso estão satisfeitos com o segundo lugar.
O problema foi o seguinte: para os mexicanos, não tocar o Hino nacional na sua íntegra, é uma falta de respeito grave. Ou seja, uma vez que começou a tocar o Hino, ele não pode ser interrompido. Isso significa uma atitude antipatriota, uma agressão à Nação.
Isso explica o porquê de um dos jogadores mexicanos, não ter ficado em posição de respeito na hora do nosso Hino. Eles já estavam muito brabos.
Depois seguiram as desavenças normais do jogo, a perda, um torcedor brasileiro que invadiu o campo ... era meio óbvio que só poderia terminar assim.
De qualquer forma, os mexicanos lamentam todos os erros ocorridos neste jogo, porque eles realmente admiram o Brasil como a Potência Latina e como o país do futebol.
LAVAGEM DE DINHEIRO...
... e cartões de banco, e cartões de crédito, e documentos, e fotos... enfim, a carteira inteira.
O dia foi atípico. Fui para a aula de inglês, depois ao super, depois para o PC falar com a Bru... Então eu comi, e já era uma hora da tarde quando resolvi ajeitar a casa e tomar um banho para logo organizar as aulas que eu tinha que dar. Fazia 40 graus, coisa básica por aqui, e descobri que estávamos sem água. Dei uma “tapeada” na casa, troquei de roupa, passei um “perfumezinho” e fiquei organizando o material. O Rina chegou cedo e logo foi ver o que tinha acontecido com a água.
A água estava cortada por falta de pagamento. Mas no papel da CIA, dizia apartamento C. Ora, o nosso é o apartamento D, e, além disso, nossa conta estava paga. Lá vai o Rina para a CIA. Não havia ninguém disponível para fazer o serviço. Aí o Rina falou de “todos os nossos filhos pequenos” sem água (eu sonho dormindo; ele, acordado). Ao menos, a história funcionou. O atendente deu uma peça para ele colocar junto ao registro; e foi assim que a água voltou aos canos desta casa.
Bem, quando ele chegou, eu já estava dando aula. Ele tomou banho e quando sentou com o seu PC para descansar, ligaram da fábrica e ele teve que retornar. Dei aula das 5:00 as 8:30. O Rina chegou antes de eu terminar, e chegou também a mãe do meu aluno Alexandro, e ficamos conversando um pouco, porque esta foi a última aula dele. Despedimos-nos. Nos próximos dias ele vai para o Brasil. Corri para um banho enquanto o Rina lavou a louça. Eu ainda estava no banho quando o Santana chegou com as cervejas. Mais um que veio se despedir. Sabem para onde ele vai? Para o Brasil, claro. E desta vez, não volta mais.
Final do mês é o Ricardo quem vai. O Sidinei, foi dia 11. Pois é... o nosso dia vai chegar, mas quando será?
Já era tarde quando o Santana saiu daqui, mas mesmo assim eu resolvi colocar umas roupas na máquina. O Rina foi junto e pegou uma calça, tirou o cinto e umas chaves do bolso. Depois de colocar as outras roupas na máquina, eu peguei a calça da mão dele e joguei lá também. Deixei a máquina lavando e fui dormir. Eram 6:30 da manhã, quando eu fui colocar as roupas na secadora. Quase tive um ataque cardíaco! Havia mais dinheiros, cartões, papéis, documentos ... que roupas, espalhados pela máquina.
Bem, o RG do Rina, acabou – sorte que o passaporte é o documento que vale por aqui – o dinheiro secou, a carteira entortou e eu já comprei outra, a única foto que ficou inteira foi a da Bruna, e os cartões ficaram limpinhos. Meu pavor era os cartões não funcionarem, mas graças a Deus passaram no teste.
A única coisa que não tenho como resolver é essa acusação que pesa sobre mim, de lavagem de dinheiro. Faz parte!
O dia foi atípico. Fui para a aula de inglês, depois ao super, depois para o PC falar com a Bru... Então eu comi, e já era uma hora da tarde quando resolvi ajeitar a casa e tomar um banho para logo organizar as aulas que eu tinha que dar. Fazia 40 graus, coisa básica por aqui, e descobri que estávamos sem água. Dei uma “tapeada” na casa, troquei de roupa, passei um “perfumezinho” e fiquei organizando o material. O Rina chegou cedo e logo foi ver o que tinha acontecido com a água.
A água estava cortada por falta de pagamento. Mas no papel da CIA, dizia apartamento C. Ora, o nosso é o apartamento D, e, além disso, nossa conta estava paga. Lá vai o Rina para a CIA. Não havia ninguém disponível para fazer o serviço. Aí o Rina falou de “todos os nossos filhos pequenos” sem água (eu sonho dormindo; ele, acordado). Ao menos, a história funcionou. O atendente deu uma peça para ele colocar junto ao registro; e foi assim que a água voltou aos canos desta casa.
Bem, quando ele chegou, eu já estava dando aula. Ele tomou banho e quando sentou com o seu PC para descansar, ligaram da fábrica e ele teve que retornar. Dei aula das 5:00 as 8:30. O Rina chegou antes de eu terminar, e chegou também a mãe do meu aluno Alexandro, e ficamos conversando um pouco, porque esta foi a última aula dele. Despedimos-nos. Nos próximos dias ele vai para o Brasil. Corri para um banho enquanto o Rina lavou a louça. Eu ainda estava no banho quando o Santana chegou com as cervejas. Mais um que veio se despedir. Sabem para onde ele vai? Para o Brasil, claro. E desta vez, não volta mais.
Final do mês é o Ricardo quem vai. O Sidinei, foi dia 11. Pois é... o nosso dia vai chegar, mas quando será?
Já era tarde quando o Santana saiu daqui, mas mesmo assim eu resolvi colocar umas roupas na máquina. O Rina foi junto e pegou uma calça, tirou o cinto e umas chaves do bolso. Depois de colocar as outras roupas na máquina, eu peguei a calça da mão dele e joguei lá também. Deixei a máquina lavando e fui dormir. Eram 6:30 da manhã, quando eu fui colocar as roupas na secadora. Quase tive um ataque cardíaco! Havia mais dinheiros, cartões, papéis, documentos ... que roupas, espalhados pela máquina.
Bem, o RG do Rina, acabou – sorte que o passaporte é o documento que vale por aqui – o dinheiro secou, a carteira entortou e eu já comprei outra, a única foto que ficou inteira foi a da Bruna, e os cartões ficaram limpinhos. Meu pavor era os cartões não funcionarem, mas graças a Deus passaram no teste.
A única coisa que não tenho como resolver é essa acusação que pesa sobre mim, de lavagem de dinheiro. Faz parte!
FALANDO EM SAUDADES
Dizem que o ser humano deve conhecer os seus próprios limites. Eu estou encontrando os meus. Descobri que o meu limite é de meio ano.
Estou ficando roxa de tantas saudades. Já não sinto a mesma alegria em estar aqui. Já não como direito, já não durmo direito. E quando durmo sonho que as gurias voltaram a ser pequenas. Tenho pesadelos. Geralmente sonho que a Bruna passa por algum tipo de perigo. Acordo ofegante e com dor no estômago. Custo a dormir outra vez e torno a sonhar com elas. Gosto quando a Bruna sorri para mim, nestes sonhos. Desde pequena, ela tem este sorriso que parece iluminar o mundo inteiro.
A distância tem seu lado bom, ela faz com que possamos enxergar o quanto amamos as pessoas e o quanto a presença delas é importante na nossa vida. Acho que eu já sabia o quanto eu amava estas mulheres. O que eu não sabia era que ficar muito tempo longe delas, doía tanto assim.
Sinto falta das minhas filhas; sinto falta da minha mãe.
sábado, 14 de agosto de 2010
ALEXANDRO
Meu aluno Alexandro é mesmo uma figura rara. Fez 17 anos na última quarta-feira e se prepara para passar oito meses no Brasil. Ele foi o meu primeiro aluno mexicano e me chama o tempo inteiro de “maestra”.
Quando eu deixei o meu trabalho na escola, pensei no quanto eu iria sentir saudades dos meus alunos. Agora que o Alexandro se vai, penso que vou sentir saudades dele também. Falando em saudades, vocês já ouviram aquela história de que só os brasileiros sentem saudades, porque a palavra saudade não existe em nenhuma outra língua? Pois isso não é verdade.
O que acontece é que a palavra saudade – da língua portuguesa – é um substantivo, enquanto que “extrañar” – em espanhol – ou “miss” – em inglês – são verbos. Mas o sentimento; esse é verdadeiramente igual.
Mas o assunto desta postagem é o Alexandro. E quero contar para vocês o quanto ele é engraçado. Faz cada pergunta, que eu tenho que rir.
Enquanto eu explico alguma coisa importante da língua portuguesa, ele parece prestar muita atenção. Então eu termino dizendo: Alguma pergunta? E ele sempre tem uma...
O problema é que a pergunta nunca tem a ver com o assunto que eu estou falando.
Sente o tipo de perguntas que ele faz:
- Maestra, que tamanho tem as formigas no Brasil?
- Maestra, pode-se tomar coca-cola pela manhã, no Brasil?
- A que horas anoitece no Brasil?
- Maestra, tua camiseta é da marca xxxxxxxxxx?
- Existem baratas no Brasil?
- Tem anacondas pelas ruas do Brasil?
Não disse que ele era uma figura rara?
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
LA RIVERA
La Rivera é um lugar maravilhoso. É composto por um conjunto de restaurantes especializados em mariscos, localizados na orla de uma lagoa. Qualquer restaurante que se escolha ali é uma ótima escolha. Todos são muito típicos e os músicos, ambulantes, desenhistas ... que passam em um; passam nos outros. Também se encontra em cada um deles, um “muele” com um ou dois barquinhos para se passear pela lagoa.
A grande sensação do passeio ficou por conta de um lagartinho de apenas um mês. O coitadinho até posa para as fotos. É desta forma que ele ganha uns trocados para se alimentar. De acordo com o dono do animal, ele come alface, guisado e muito “chile” (pimenta). O “tipo” queria vender o bichinho por 100 pesos (menos de 10 dólares – menos de 20 reais), eu só não comprei porque ele não tinha passaporte nem visto para entrar no Brasil.
Brincadeira, mas ele era mesmo um amorzinho.
*atenção no ombro direito do Rina.
CALEJÓN DE LOS MILAGROS
Beco dos milagres: este é o significado do nome escolhido para este bar-restaurante de decoração tão exótica. É difícil de acreditar, mas eu esqueci a máquina fotográfica no hotel neste dia. Então, a Irma tirou umas fotos com o seu celular. A qualidade das fotos deixa a desejar, mas vale o registro do passeio.
Neste dia, final da copa, os homens bebiam e não tiravam os olhos da TV. Então nós fomos circular e fotografar um pouco o lugar.
A parte mais interessante do bar é mesmo o banheiro. Ficamos as duas ali lendo as frases engraçadas das paredes. Até fotos delas, nós tiramos. Além disso, eu mesma fui fotografada no banheiro (rsssss). Mas vocês podem ver que realmente merecia, porque eu nunca vi um banheiro tão mexicano assim.
Escolhi umas frases para compartilhar com vocês, então lá vai:
- Existem duas palavras que te abrem muitas portas, puxe e empurre.
- É bom deixar a bebida; o ruim é não lembrar onde.
- Trabalhar nunca matou ninguém; mas para que arriscar-se?
- Onde está a outra metade do meio oriente?
- A vida é pura contradição, “separado” se escreve tudo junto e “tudo junto” se escreve separado.
- Não existe mulher feia; só beleza rara. (a palavra rara também pode significar estranha na língua espanhola)
Na foto “clube do bolinha”; Gabriel, meu Rina, Luís, Celestino e Sidnei.
Assinar:
Postagens (Atom)