sexta-feira, 30 de abril de 2010

ASSUNTOS DA SEMANA

Hoje é o dia das crianças aqui no México e dia 10 de maio é o dia das mães (data fixa), logo no dia 15 é o dia dos professores.
Falando em datas comemorativas, contei para vocês que a sexta-feira Santa e a páscoa, aconteceram na mesma data do Brasil? Meio óbvio, não é?Afinal é uma data Cristã e cristãos existem em todo o mundo. Mas o diferente da páscoa ficou mesmo por conta dos chocolates. Como por aqui não há esse costume de presentear os outros com ovos de chocolate, pela primeira vez eu não ganhei um ovo de páscoa. Tudo bem, ao menos não sofri a tentação dos mercados invadidos pelos ovos de papel colorido e tampouco tomei o habitual susto ao conferir os preços.
De qualquer forma o assunto principal da semana aqui, não foi o dia das crianças, mas sim a lei, promulgada esta semana pela governadora Jan Brewer. A nova lei, permite que a polícia do Arizona prenda qualquer pessoa quando exista uma "suspeita razoável" de que esteja ilegalmente no país e ao mesmo tempo, penaliza quem transportar ou der emprego a uma pessoa sem documentação legal. (ou seja: uma imigração ilegal passa a ser crime). Vários artistas latinos como Shakira, Rick Martin... já se pronunciaram contra a lei. Falam de xenofobia, racismo, discriminação... Para o México, em especial, a lei representa um enorme “perigo”, pois 27 milhões de mexicanos (entre legais e ilegais) residem nos Estados Unidos e se uma parte deste montante regressa ao país, não haverá mercado de trabalho passível de suportar tal demanda. Além disso, quem vive lá, manda bastante dinheiro para cá. E com toda certeza, ninguém tem interesse em abrir mão destes dólares por aqui.

terça-feira, 27 de abril de 2010

ALMOÇO COSMOPOLITA




O churrasco pode até não ser de causar inveja aos gaúchos, mas que os paulistas fazem fogo como ninguém, isso não dá para negar. O Rina e o Ricardo conseguiram a proeza de fazerem rapidinho um fogo sem álcool, por isso mereceram o registro em foto.
O grupo foi chegando e as línguas se misturando. Tinha gente falando português, gente falando espanhol, gente falando italiano e quando não conseguiam se entender, ainda partiam para o inglês. Bando de poliglotas. Que chiquesa!
Nas fotos, o clube do Bolinha. - BRASILEIROS: Sidnei, de boné; Rina, com camiseta Ferrari; Ricardo, de óculos escuros na testa. MEXICANO: Carlos, de camiseta tricolor. ITALIANOS: Andrea, de cavanhaque; Gian Carlo, de camiseta listrada.
O clube da Luluzinha. – BRASILEIRAS: Lucy e eu, no canto direito e esquerdo, respectivamente. MEXICANAS: As duas Érikas, mãe e filha, ao centro.

GOSTO DE BRASIL


Vejam o que o Santana nos trouxe. Maravilha!!!
Valeu Santana! E um obrigada especial a tua esposa Ana (que está em São Paulo), por ter te ajudado a comprar as coisas que nós pedimos.

TORRE DE BABEL



Enquanto eu estudava, trabalhava e me apaixonava pela língua espanhola, a Bruna (minha filha número pequena) fazia um curso de italiano. Era ela tão pequenininha quando começou o curso, que necessitou de uma autorização especial da coordenadora do Centro de Idiomas da universidade, para estudar à noite. Se a memória não me falha, tinha ela 11 anos quando começou a aprender esse idioma. Seus colegas eram todos adultos e por isso quando eles aprenderam os verbos no passado, a professora (grande doutora em línguas Cristina Marcuá) falava, “pensem no que faziam quando eram pequenos e a Bruna, pensa no que fez ontem”. O tempo foi passando e depois de quatro anos, ela se formou. Acontece que de italiano eu não entendo bulhufas e por isso nunca pude saber se ela aprendeu bem a língua. Para ajudar, as irmãs (da Bruna) sempre disseram que ela saiu da FEEVALE craque na sinuca. (haviam umas mesas de sinuca no pátio da universidade)
Por ocasião do churrasco aqui em casa, recebemos dois italianos, e um deles topou “testar” a Bruna. Do skype, fizemos uma ligação para o celular dela e o Andrea (que não é o Bocelli, mas é italiano autêntico) conversou com ela. Resultado, passou no teste. Parabéns filha, fiquei mesmo orgulhosa de ti.
* Nas fotos: A formatura da Bru - Andrea (falando com a Bru) e o Rina.

“MEU REINO, POR UM CHURRASCO”



Dos brasileiros que estão em Tampico, eu sou a única gaúcha. Mas todos, inclusive os estrangeiros, gostam de um bom “churrasco” (bem... ao menos eles chamam de churrasco). Por isso o Santana pediu para um dos soldadores da fábrica, fazer uma churrasqueira. A churrasqueira ficou 10 (vide foto). De quebra, veio uma mesinha para o churrasqueiro ter tudo por perto. É... esse pessoal se vira mesmo. E foi assim que o primeiro churrasco, de muitos que virão com certeza, acabou acontecendo aqui em casa.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

GORJETA

Gorjeta aqui, só atende pelo nome de propina e é algo tão comum, que para mim, chega a ser irritante. Bem, na verdade eu já sabia que no México essa prática era forte, porque quando minha mãe e eu estivemos em Cancun, e naquele tempo eu não falava espanhol, não foi nada fácil nos livrarmos de um carregador de malas, que ficou plantado na porta do nosso quarto no hotel, querendo uma propina. Acabávamos de chegar, não tínhamos pesos mexicanos, tentei explicar isso a ele, mas o tipo dizia que aceitava dólares, mas nós só tínhamos notas grandes... Foi um parto.
Aqui funciona assim: Se vais a um restaurante, não tem os 10%, mas esperam a propina e se tu não dás, eles te marcam e te atendem mal da próxima vez. Como somos brasileiros, mais fácil fica de sermos marcados. Saindo do restaurante, propina para o guardador de carros que não é de rua, é do estacionamento do restaurante mesmo.
O Rina não se importa de pagar. Os homens são assim, não é mesmo? Mas eu gosto tanto das moedas de 10 pesos... isso é quase um dólar!!!
Aos sábados passa o lixeiro de casa em casa, recolhendo a propina. Como o Rina trabalha aos sábados pela manhã, eu simplesmente não atendi a porta por duas semanas seguidas. Resultado, sumiram com a lixeira que fica na frente da casa, e acabou saindo mais caro, porque tivemos que comprar outra.
Uma vez por semana, também passa o segurança recolhendo sua propina. E o sujeito não foi contratado por ninguém da rua, ele faz a ronda por livre e espontânea vontade.
No supermercado, as pessoas que empacotam tuas compras, não são empregados do lugar. São estudantes, que inclusive usam o uniforme da escola, ou idosos que trabalham apenas pela propina. Certa vez havia um menino que não deveria ter mais que 9 anos trabalhando em pleno domingo. Para este, eu abri o porta moedas e dei a propina sem o Rina precisar me pedir.
Goste eu; ou não, faz parte dos costumes do México e a única alternativa que me resta é aceitar e pagar a propina.

ÁGUA É VIDA

Neste final de semana, durante o almoço internacional, aqui em casa, falamos sobre a água. Aqui a água não é tratada como no Brasil. Não sei explicar como é feito o tratamento, mas vulgarmente falando, posso afirmar que a água é suja.
- Os italianos falaram que no hotel em que estão hospedados, há um cartaz avisando que a água das torneiras não deve ser consumida. Além disso, está incluída na diária uma garrafa de água pequena (que não é mineral, porque aqui não tem, e sim purificada) para lavar o rosto e escovar os dentes.
- A faxineira da casa de um outro casal brasileiro, que também está aqui em Tampico, usa água comprada para passar roupa com o ferro a vapor. Segundo ela, se utilizar água da torneira o ferro oxidará em muito pouco tempo.
- O Rina resolveu tomar um banho de banheira e colocou a banheira para encher, enquanto esperava foi fazer outras coisas. Quando voltou, verificou que a banheira já estava pela metade de água, mas parecia que tinham jogado areia no fundo. Não teve outra saída, desistiu da banheira e foi para o chuveiro mesmo.
- Nunca consumimos tantos sabonetes na vida. Como aqui o sabonete em contato com a água, não produz a mesma quantidade de espuma que estamos acostumados no Brasil, acabamos nos esfregando, esfregando, esfregando e se vai o sabonete.
Hoje eu fiquei pensando em tudo isso, e como o meu cabelo anda bastante opaco é possível mesmo que seja por causa da água. Por isso resolvi lavá-los com água comprada. (mas não contem para o Rina, porque eu já gasto muito com xampu, cremes, hidratantes para o cabelo e afins. rssss)
E para terminar, só posso dizer que se água limpa é vida; então vida longa as minhas madeixas loiras.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

PLANETA BIZARRO


Nosso vizinho comprou duas pencas de bananas. Naturalmente as bananas estavam verdes e ele resolveu pendurá-las para amadurecerem. Até aí, normal. Só que alguns visitantes famintos encontraram as bananas e andam fazendo festa com elas. Descascam com uma rapidez, que até parecem parentes próximos dos macacos. Agora, imaginem a surpresa do vizinho quando ele resolver buscar as bananas. Acho que ele vai ficar intrigado com o mistério pelo resto da vida.
Mas se por acaso ele procurar pelos culpados, eu entro como testemunha ocular do crime e apresento essa foto como prova. Será que o júri vai condenar as "ardillas"? Afinal as bananas estavam no meio do caminho e nem tinham uma placa com o nome do dono.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

UNHAS ESCULTURAIS; NUNCA MAIS


Realmente foi uma alegria, as unhas esculturais terem durado mais de 40 dias. Afinal foram caríssimas (390 pesos = 65 reais). Passado os primeiros dias, acabei me acostumando com elas. Já conseguia fazer quase tudo, inclusive digitar. O que não tinha jeito mesmo, era colocar brincos, pegar uma pitada de sal (virava uma “unhada” de sal)... Além disso, abotoar camisa, nem pensar, mas fechar a calça já estava conseguindo.
Não posso esquecer que certo dia o Rina não estava em casa e eu tinha que sair, e é claro que eu não saio sem brincos... foi um estresse, tomei um suador, tive uma crise de raiva, quase chorei. O tempo passando, a hora chegando... foi um inferno, mas eu fui persistente e não desisiti. Saí meio esgualepada depois do suador, mas consegui. Ufa... De qualquer forma valeu a pena o sacrifício, pois passei os quarenta e poucos dias na moda, me sentindo uma mexicana nata.
Mas a alegria veio mesmo no dia 20, claro que pressuposto de uma hora e meia de sofrimento, acrescido de 60 pesos (10 reais), quando resolvi tirá-las e assim reconquistar as minhas funções motoras básicas.
Pensava eu em colocar as unhas esculturais por ocasião da minha volta ao Brasil, em agosto, mas já desisti. O processo de retirada das lindas unhas é horrível. Posso compará-lo com a primeira depilação com cera quente, ou modelar a sobrancelha à pinça pela primeira vez, ou fazer reflexos de toca pela primeira vez... ou (para os leitores do sexo masculino entenderem) uma baita dor de dente.
Explicando: as unhas são amolecidas por um produto químico (foto), e logo lixadas com uma lixa elétrica que aquece muito (sente-se queimar mesmo). Tudo tem que ser feito com muita calma, muito aos poucos.
Põe o produto, espera, lixa com a lixa elétrica, lixa com a lixa manual, corta um pouco com um cortador especial, põe o produto, espera, lixa, lixa, põe o produto, espera... e assim vai. Enquanto isso tu suas, te mexe na cadeira, pede um pouco de água, olha o relógio e se sabes rezar, apelas mesmo para que a manicura não passe do ponto e acabe furando tua unha de verdade.
Pois é, ser mulher não é fácil mesmo. E de agora em diante, unhas esculturais na minha vida, só nas fotos que eu tirei no dia que as coloquei. PONTO FINAL. THE END.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

SIMONE

(Em determinados momentos é muito difícil estar longe. Ás vezes necessitamos impreterivelmente falar com alguém de uma forma especial, mas a distância não nos permite. Por isso peço licença a todos os leitores do blog, para postar uma mensagem de caráter particular, à minha irmã. Prometo postar novidades antes do final de semana.
OBRIGADA.)

Querida irmã,
sei que estou muito longe de ti e que talvez este seja o momento da vida que tu mais necessitas de alguém ao teu lado. Mas é necessário que se faça saber que a distância não tem o poder de diminuir o amor. E esse sentimento tão forte e puro, faz com que meus pensamentos, meu coração e minha alma estejam contigo a cada minuto do meu dia.
Quisera eu estar perto para te pegar no colo, te proteger, te consolar e reunir os pedaços do teu próprio coração, que sei que se encontra desmanchado por tamanha tristeza. Não posso estar, simplesmente, não posso. Então te entrego nas mãos do meu Deus, possuidor de um amor infinitamente maior que o meu. Sei que Ele vai cuidar de ti, vai curar essa dor que te queima como o fogo, vai secar tuas lágrimas, vai envolver teu coração de paz e calmaria e vai te fazer descansar sob a sua sombra protetora.
Dê uma chance ao meu Deus, abra a porta para Ele entrar. Confia Nele. Entrega-te nos braços Dele.
Sei que tens muitas perguntas, e eu, te juro, quisera ter todas as respostas só para aliviar o teu sofrer, mas não as tenho. O único que tenho, e posso, e quero compartilhar contigo, é a minha fortaleza, é o meu socorro... que é o meu Deus.
Saibas que são nas horas mais difíceis que Ele mais te vê. Ele chora e sofre com a tua amargura. Ele quer estar contigo, te afagar enquanto dormes e segurar as tuas mãos na hora de levantar e enfrentar um novo dia. Não cometa o erro de julgar e condenar este Deus que te vê como a número 1, como a pessoa mais importante do mundo, como a mais merecedora da Sua atenção.
E não te esqueças jamais, que existem 4 mulheres (Pâmela,Cristhiane, Bruna e eu), que estarão para sempre contigo, e choramos, e sofremos, mesmo quando estamos longe. Mas que juntas temos a força de um exército e Deus é o nosso general. Conta conosco, porque nós te amamos.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

NEM SÓ DE COMIDA MEXICANA...




Ainda que eu goste muito, nem só de comida mexicana se vive por aqui. Além da pizza, feijoada e outras iguarias do Santana, pode-se comer um big-mac, uma carne “CARÍSSIMA” (+ ou – boa) no restaurante Asador, pizza hut, lasanha feita em casa (com a massa seca, é claro - foto)... Dá para fazer peixe, inclusive tubarão (foto). Também se come uma costelinha deliciosa no apllebee’s. Mas o melhor mesmo é o restaurante chinês. Tudo de bom!!!
Ai, balança... Não quero nem ver uma na minha frente.

terça-feira, 13 de abril de 2010

NÃO TEM

Todo mundo acorda ás vezes, com vontade de comer uma coisa especifica. Mas quando tu sabes que não tem como comer, porque não existe aquilo que tu queres no país em que tu estás, aí meus amigos a vontade vem todos os dias.

Comestíveis:
- Nescau.
- Farinha de mandioca.
- Farofa.
- Doce de coco SOCOCO.
- Suco de maracujá.
- Massa de lasanha fresca.
- Massa de pastel.
- Massa fresca.
- Xis. (tem hambúrguer, mas não o nosso xis gaúcho)
- Erva. (até tem nos artigos importados uma cara e “argentina” CREDO).
- Queijo muzzarela.
- Guaraná.
- Bombom da nestlé.

Não comestíveis:
- Bombril.
- Perfex.
- Free.
- Forma (do tipo para assar uma carne, um frango...).
- Panela de micro-ondas (com tampa furada).

* Isso foi o que eu já procurei, mas não encontrei. Com certeza nos próximos meses, vou descobrir outras coisas que NÃO TEM.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

AS CORES DO MÉXICO



Como se pode conferir, na bandeira do México aqui mesmo no blog, as cores mexicanas são o verde, o blanco (branco) e o rojo (vermelho). Eles são tão orgulhosos destas cores, que até a base de alimentos considerada saudável, respeita essa soma. Convidados para uma janta na casa de alguns amigos, verificamos a veracidade disso e fotografamos. Vemos na foto, os limones, chiles, aguacates (los verdes), cebollas (los blancos), tomates y rábanos (los rojos).

* Nos restaurantes, geralmente trazem dois tipos de molho para a mesa. Os dois são de pimentas. Um é de pimenta vermelha e o outro de pimenta verde. – Sempre tive a impressão de que a pimenta vermelha era a mais picante. Estava completamente enganada, pois a vermelha faz arder a língua enquanto a verde faz arder todo o aparelho gustativo e mais a alma.

* Ao contrário do RS, aqui o pimentão verde custa mais caro que os vermelhos e os amarelos. (Mas não é pimentão o que aparece na foto. Aquilo é pimenta mesmo).

* Salsichas, lingüiças, salsichões ... são de cor laranja escura, quase vermelhas. Acredito que são preparados com colorau. Quando colocados para ferver, soltam uma tinta absurda.

* A maioria das sinaleiras só apresenta duas cores: Verde e vermelho. Será que eles tiram o amarelo só porque não é uma das cores da bandeira? Vai saber...

terça-feira, 6 de abril de 2010

PRIMAVERA


No México, esta estação do ano é mesmo recebida com muita festa e alegria. Como ela chega aqui com temperaturas bem mais altas que no Brasil, já começa o período de aproveitar a praia. Então na 1ª sexta-feira da primavera, iniciam-se duas semanas de férias escolares e ocorre o “PLAYASO” na praia de Miramar. – 24 horas de estudantes na praia. Neste dia especial eles se reúnem orla e comem, bebem, dançam, nadam, dormem em barracas... enfim, se divertem. É como uma abertura oficial da temporada.
Enquanto isso, na cidade do México eles constroem vários espaços lúdicos, os quais chamam de “praias artificiais”. Cercam um terreno público, colocam ENORMES piscinas de plástico, trazem areia da praia, cadeiras espreguiçadeira, mesas com guarda-sóis, vasos com coqueirinhos e cobram entrada da população. O povão vai em peso. Levam comida e bebida, tomam banho de bermuda e camiseta, poucos usam roupa de banho, é uma zoeira de crianças pulando, gritando, jogando água para fora da piscina... Só fica faltando mesmo, levarem os cães da família. Uma farofada, total!
Logo em seguida, no 1º final de semana de abril, entra o horário de verão que vai até o último final de semana de outubro. São 7 meses de horário de verão. Dá até para ficar em dúvida de qual o horário é o mais real, já que só sobram 5 meses para o normal. Ao menos diminui uma hora de diferença do Brasil, e com isso ficamos apenas duas horas atrasados. Ou seja, quando aí são 7:20 e está começando a aula, aqui são 5:20 e nós estamos sonhando com os anjinhos ainda.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

TAJÍN – PARTE FINAL






Dia 21 de março: Amanheceu meio nublado, porém quente. O Rina vestiu uma bermuda e uma camiseta, eu coloquei uma calça leve (de malha) e camiseta de manga curta também, afinal nada melhor que roupas confortáveis para caminhar no sítio arqueológico. Mas logo que chegamos lá, descobrimos que a frente fria número 40 também queria saudar a primavera. Tudo bem, “me compré una chalina blanca” e na medida do possível, dividi com o Rina.
O Tajín visto à luz do dia, sem dúvida não tem o mesmo glamour que visto à noite com toda aquela iluminação. Todavia proporciona impressões diferentes porque revela o parque de uma forma mais natural. Na claridade é que se tem noção do espaço físico do sítio e do real tamanho de cada pirâmide. Não são as mais altas do México, mas são mais próximas entre si do que nos outros sítios mexicanos, o que proporciona uma sensação de aconchego.
Acho que todos os que estavam ali pela primeira vez, como o Rina e eu, estavam pensando exatamente igual a nós: Como aquele povo tão antigo, construiu uma cidade de tamanha beleza? A resposta será um eterno mistério, e o mistério só faz aumentar o atrativo do lugar.
Ao meio-dia diferentes ritos, em diferentes pontos do sítio, foram iniciados e nós fomos registrando em fotos, um pouquinho de cada um. Coloco aqui algumas das fotos, e chamo atenção para uma que estamos de costas para um “gramado”. Este campo é apenas um, mas existem 17 canchas de jogo de bola no Tajín. O Rina se encantou ao saber que eles também jogavam bola. Coisas de homens, né?

NOTÍCIA URGENTE (TERREMOTO)

O México (Estados Unidos Mexicanos) tem uma população aproximada de 110 milhões de habitantes. O terremoto do dia 4/4 (domingo de páscoa) de 7,2 graus Richetr, seguidos de 35 réplicas, no norte do México, fronteira com os Estados Unidos, foi sentido por cerca de 20 milhões de pessoas (entre mexicanos e estadunidenses). No entanto, só duas mortes foram confirmadas pelo governo. Podem ficar tranquilos que não foram o Rina e eu, tampouco qualquer brasileiro que esteja por aqui.
Sendo assim, a estada no México e as postagens no blog seguem normalmente.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

CURTAS DE VOCABULÁRIO III

Lembram-se que eu chamava minhas alunas de “bonita”?
- Cadê o tema de casa, bonita?
- Vira para frente, bonita.
- Copia, bonita.
Pois é, agora que eu virei “mexicana”, vou chamar de “chula”.
- Qué pasa? chula.
- Cuéntame, chula.
- Cómo estás? Chula.
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O substantivo “pena” pode ter o mesmo sentido que nós lhe damos: DÓ ou ainda o sentido de VERGONHA. Vai depender do contexto da frase.
1. Me quedé con mucha pena. (DÓ) Tradução da frase: Fiquei com muita pena.
2. Te da pena comprar el condón? (VERGONHA) Tradução da frase: Te dá vergonha comprar camisinha?

Outras:
- Que legal, Que bacana, Que mara = que padre
- Alô (para atender ao telefone) = bueno
- Tiroteio = balacera
- Plastificar = enmicar
- Chaleira = teteira (afinal, usa-se a água para fazer o TÉ, ou seja, o chá).
- Encanador = fontanero (que eu já sabia) ou plomero (que eu nem sonhava).
- Quarto = cuarto, dormitório, recámara (esse último é bem mexicano).
- Chuveiro = ducha (bem básico) ou regadera (Agora eu não tenho mais que tomar banho; agora eu tenho que “regarme”. Eu sempre soube que eu era uma “flor” de pessoa mesmo. rsssss)